sábado, 9 de maio de 2009

No Brasil, no mundo....

Bem, agora se foram 7 meses que decidi mudar a minha vida e fazer algo diferente. Estou no Brasil nesse momento, aproveitando uma pequena pausa no meu programa e resolvendo alguns assuntos pendentes no Brasil. O que eu aprendi nesses 7 meses... em quase uma semana que estou em solo brasileiro, venho pensado muito nisso.

Primeiro: quando eu decidir ir, eu não sabia ao certo do meu futuro. Somente tinha um sonho na cabeça, uma vontade no coração louca e muita, muita coragem. Nunca tinha visto a ONG propriamente dita. Nunca tinha tocado ela, nunca tinha conversado com ninguem fisicamente. Tudo foi por segurança que tinha com quem conversava.

Segundo: Após tirar meu visto, tudo foi muito rápido. Creio eu que em menos de três semanas já estava embarcando. Mal dei tchau para minha familia e amigos... nessa época todos me achavam louco.

Terceiro: Chegando lá a adaptação. Como foi difícil para essa pequena Vilela seguir os seus passos sozinhas, sem ninguém ao lado dela. Sem um abraço de um amigo, sem o beijo da minha mãe. Mas quando temos um sonho, tudo é possível. Tudo pode ser realidade! E lá estou eu... 7 meses.

Quando eu olho por todos os caminhos que trilhei... por todas as águas que bebi, não tenho do que reclamar. Não foi fácil chegar lá e estar lá. Todo dia é uma experiência nova. Mas sabe aquela vida vazia de onibus lotado, estress porque o menino da escola pegou o ultimo assento do banco e vou ter q ir trabalhar em pé. Sabe essas pequenas coisas? Ficaram para trás. Hoje me preocupo se eu fa~ço tudo que foi necessário para ajudar alguém. Se eu estudo o suficiente para dar o meu melhor.

Isso é a vida de um voluntário. Acreditar quando todos estão desacreditados. Crer quando boa parte do mundo diz para esquecer. Continuar quando as pernas já estão cansadas. No fim, sempre há uma criança para sorrir, e o seu sorriso será eterno nas nossas mentes. Haverá sempre um homem que irá agradecer. Uma mulher que irá chorar... isso é ser voluntário. Isso é o querer acima de qualquer mal.

Posso falar que vivo a experiência mais emocionante da minha vida. E não foi fazendo rafting ou canyoning. Simplesmente vivendo uma vida simples. Sem luxos, muita partilha...

Ainda não fui para África. Estarei lá em agosto. Não sei o porquê as pessoas querem ir para lá. Mas eu sei o meu... simplesmente ajudar com as minhas mãos! E nessa batida, nessa levada, falo para vcs obrigada! Obrigada a todas as pessoas que confiam em mim. Obrigada a todas as pessoas que me mandam energias positivas. Obrigada a todos que direta ou indiretamente me ajudam! Sei que sou somente uma. Mas se cada um fizer um pouquinho... esse mundo será diferente!!

Paz para todos!!

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